Setor de material de construção registra alta de 4,9%

Anamaco espera grande demanda por materiais e prevê crescimento acima de 10% para 2010.

17/03/10 - O varejo do setor de material de construção apresentou crescimento de 4,9% em fevereiro, na comparação com janeiro de 2010. Em relação a fevereiro de 2009, o desempenho foi 12% superior.
De acordo com dados da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), o setor iniciou janeiro com um crescimento de 4% sobre dezembro do ano passado e de 11,2% sobre o janeiro de 2009. “Iniciamos o ano com um cenário completamente diferente do ano passado. O consumidor está mais confiante e dispõe de mais recursos”, explica Cláudio Conz, presidente da entidade, que prevê para 2010 um crescimento do setor superior a 10%. “Temos uma conjuntura favorável com a combinação de diversos fatores, como o início das obras visando a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o Programa de Aceleração do Crescimento e o “Minha Casa Minha Vida”, que deve liberar 700 mil casas até junho deste ano”, diz.
Conz, que é membro do Conselho Curador do FGTS, explica que o segmento da construção é muito dependente de crédito e, em 2010 o Brasil deve bater todos os recordes de financiamentos habitacionais com recursos da poupança, ultrapassando os R$ 40 bilhões. “Esse número é superior aos financiamentos em 2009 e deve trazer novo ânimo ao segmento, sobretudo agora que a população está retomando o seu poder de compra. Além disso, a Pesquisa Anamaco/Latin Panel nos mostrou que 77% dos 55 milhões de moradias do país precisam efetivamente de algum tipo de reforma ou construção. Isso sem falar no déficit habitacional de 6,273 milhões de moradias, segundo o IBGE. Ou seja: há uma grande demanda por construção”, afirma.
O presidente da Anamaco ainda lembra que a redução de IPI está em vigor para os produtos do setor até 30 de junho deste ano. “O consumidor tem um tempo razoável para se programar e realizar a sua reforma, sobretudo agora que acabaram as dívidas de início de ano, como IPVA, matrícula dos filhos etc. O excesso de chuvas no primeiro bimestre de 2010, sobretudo na região Sudeste, também demandou pequenas reformas e, com isso, a tendência é sim de retomada de obras”, completa.
Em 2009, o setor cresceu 4,2% sobre 2008 com um faturamento de R$ 45,04 bilhões.

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